A demanda de testes RT-PCR para a Covid-19 que chegam ao Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN) da Bahia aumentou em 1000%. Foi o que afirmou, nesta sexta-feira (5), a diretora do órgão, Arabela Leal, em entrevista ao programa Bahia Notícias no Ar, da Rádio Salvador FM 92,3.
“Nós estamos com média de 4.500 a 5.000 exames por dia. Nossa equipe foi reforçada, fizemos contratações. Temos equipes trabalhando 24 horas. Entra um grupo por 12 horas, sai, e entra outro para a noite. Sete dias por semana, 24 horas”, relatou Leal.
Durante a entrevista, ela ainda deu detalhes sobre como as novas variantes do novo coronavírus estão sendo analisadas na Bahia. “Já detectamos 16 variantes diferentes. Dessas, algumas relevantes: a P.1., a do Reino Unido, e a P.2., que foi identificada no Rio de Janeiro”, revela.
Outra cepa identificada na Bahia, porém até o momento em um único paciente, foi a peruana. “Um caso de um navio estrangeiro que aportou aqui. Alguns pacientes apresentaram sintomas e foram internados. Foi feita uma busca, e quatro amostras vieram para nós. No entanto, apenas uma estava viável. Foi identificada uma cepa peruana. Neste momento não é uma cepa de emergência, de grandes proporções ou estragos. É uma cepa comum que circula no Peru”, disse.
Arabela explica que o LACEN não pode analisar todas as amostras que chegam, pois primeiro é preciso saber se elas são viáveis. “Só podemos fazer se tivermos amostra pocitiva do RT-PCR. Fazemos o teste, e quando as amostras são elegíveis, precisam ter carga viral alta, a gente pode sequenciar. Sequenciamos amostras de pacientes suspeitos dessas variantes, já que temos pacientes que vieram do Amazonas, que viajaram de lá para cá, ou que foram até lá e voltaram. Também investigamos pacientes que têm evolução muito rápida. Também pacientes de óbito. Esse é o nosso perfil. Acompanhar os pacientes e definir as linhagens para que a gente possa vigiar melhor”, conta.
Fonte: Bahia Notícias