O Brasil encerrou o mês de janeiro com um saldo positivo de 180.395 empregos com carteira assinada, resultado de 2.067.817 admissões e 1.887.422 desligamentos, conforme dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Este saldo representa um crescimento de 0,39% em relação ao estoque total de trabalhadores celetistas registrado em dezembro de 2023, totalizando 45.697.670 vínculos.
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, destacou que este resultado é significativo, representando o dobro dos empregos gerados no mesmo mês do ano anterior, quando foram criados 90.177 postos de trabalho. Ele expressou otimismo em relação ao futuro, sugerindo que fevereiro também apresentará números positivos, e que o ano promete ser favorável para a economia e o mercado de trabalho.
Dos 180.395 novos empregos, 134.697 foram ocupados por homens e 45.720 por mulheres. A faixa etária mais beneficiada foi a de 18 a 24 anos, com um saldo de 89.523 postos de trabalho, enquanto o ensino médio completo teve um saldo de 113.623 postos.
Ao longo do período entre fevereiro de 2023 e janeiro de 2024, o saldo acumulado foi de 1.564.257 empregos, resultado de 23.422.419 admissões e 21.858.162 desligamentos.
Em janeiro, quatro dos cinco grandes setores econômicos apresentaram saldos positivos. O setor de serviços liderou com 80.587 postos de trabalho, seguido pela indústria geral, com 67.029 postos, principalmente na indústria de transformação (65.763 postos). Em seguida, destacaram-se a construção (49.091 postos) e a agropecuária (21.900 postos). O único setor com saldo negativo foi o comércio, com uma redução de 38.212 empregos.
O ministro observou que é comum que o comércio apresente uma queda em janeiro, após os meses mais movimentados do final do ano. Ele também destacou o desempenho da indústria, indicando uma possível reestruturação do parque industrial brasileiro, especialmente em meio à transição da matriz energética.
Marinho enfatizou a importância de o Brasil se inserir globalmente no debate sobre a matriz energética, citando investimentos significativos anunciados pelo setor automotivo e outras indústrias. Ele expressou esperança de que a indústria aproveite essas oportunidades para crescer.