As informações mencionadas no relatório da Polícia Federal apresentado nesta terça-feira (19) indicam que o ex-presidente Jair Bolsonaro teria ordenado ao seu então ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, que inserisse dados falsos de vacinação contra a Covid-19 dele e de sua filha nos sistemas do Ministério da Saúde.
Segundo o documento, “os elementos de prova colhidos corroboram as afirmações prestadas pelo colaborador Mauro Cesar Barbosa Cid, demonstrando que, por ordem do então Presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cesar Cid solicitou a Ailton Barros a inserção dos dados falsos de vacinação contra a Covid-19 em benefício do ex-Presidente da República e de sua filha”.
Além disso, o relatório aponta que “os elementos de prova coletados ao longo da presente investigação são convergentes em demonstrar que Jair Messias Bolsonaro agiu com consciência e vontade determinando que seu chefe da Ajudância de Ordens intermediasse a inserção dos dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde em seu benefício e de sua filha”.
É importante ressaltar que não há nos autos elementos que indiquem que Mauro Cesar Cid, Ailton Barros e João Carlos Brecha se uniram em unidade de desígnios para inserir os dados falsos à revelia do então Presidente da República Jair Bolsonaro.