Casos como o do funcionário terceirizado da Embasa, Welson Figueiredo Macedo, 28 anos, onde ocorrem mortes em meio a intervenções policiais, não são isolados em Salvador e na Região Metropolitana (RMS). Na verdade, em 2024, há centenas de registros fatais em incursões policiais na capital.
De acordo com o Instituto Fogo Cruzado, que monitora a violência na região, entre 1º de janeiro e 30 de junho deste ano, foram registradas 248 mortes. O instituto identificou ainda 349 tiroteios em ações e operações policiais, que deixaram 61 pessoas feridas.
De 1º de janeiro a 30 de junho de 2023, ainda segundo o Fogo Cruzado, foram registrados em Salvador e região metropolitana 285 tiroteios em ações e operações policiais, que resultaram na morte de 205 pessoas e deixaram 45 pessoas feridas. O número de mortes em 2024 é 20,9% maior do que o registrado no mesmo período de 2023.
Os tiroteios geralmente ocorrem em contextos de disputa entre organizações criminosas, onde a polícia enfrenta suspeitos armados. No entanto, casos como o de Welson, em que famílias apontam erros em ações que resultam na morte de pessoas que podem ser inocentes, têm ganhado repercussão na capital.