A cerimônia de transferência simbólica da sede do Governo do Estado da Bahia de Salvador para Cachoeira, no Recôncavo Baiano, ocorreu nesta terça-feira (25), iniciando as celebrações dos 201 anos da Independência do Brasil na Bahia. O evento contou com a presença do governador Jerônimo Rodrigues, que recebeu o título de cidadão cachoeirano e lançou a Feira Literária Internacional de Cachoeira (Flica 2024).
O tiro da alvorada no porto de Cachoeira deu início à solenidade. Em seguida, houve o hasteamento da bandeira na Praça da Aclamação, com execução dos hinos Nacional, da Bahia e de Cachoeira pela Banda de Música da PM e pela Filarmônica 25 de Junho, além do ‘Te Deum’, uma cerimônia religiosa na Paróquia Nossa Senhora do Rosário em memória dos combatentes pela independência.
Na Câmara Municipal, o governador foi homenageado com o Título de Cidadão Cachoeirano por suas contribuições ao município. Durante a ocasião, ele anunciou a entrega de um documento ao Ministério da Educação para incluir a luta pela independência do Brasil na Bahia no currículo escolar da rede estadual. “É uma honra receber essa homenagem em um local onde a independência do país começou. Com o Governo se instalando em Cachoeira, temos a oportunidade de mostrar ao país a nossa força. Encaminharei um documento ao MEC, orientando que os livros e o currículo escolar possam contar a história real do nosso povo, que não é só da Bahia, mas do Brasil”, destacou Jerônimo Rodrigues.
A transferência simbólica da sede do governo, que ocorre pelo 17º ano consecutivo após a aprovação da lei 10.695 de 2007, visa reconhecer a importância de Cachoeira nas batalhas do 2 de julho, um feriado estadual. “A data simboliza um trabalho intenso de valorização da história da Independência do Brasil, consolidada na Bahia, a partir da luta do povo. A participação dos cachoeiranos na batalha do 25 de junho marca o simbolismo que hoje é reforçado nessa transferência da capital do estado para cá. É o compromisso do governo para seguir trabalhando pela preservação dessa história e valorização da nossa identidade”, afirmou Bruno Monteiro, secretário da Cultura do Estado (Secult).
Estiveram presentes na cerimônia a primeira-dama do Estado Tatiana Velloso, a secretária da Educação Rowenna Brito, a secretária de Infraestrutura Hídrica e Saneamento Larissa Gomes Moraes, a secretária de Promoção da Igualdade Racial Ângela Guimarães, a secretária de Políticas para as Mulheres Elisângela Araújo, a secretária da Saúde Roberta Santana, o secretário da Segurança Pública Marcelo Werner, a superintendente de Políticas para os Povos Indígenas Patrícia Pataxó, o secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) e outros gestores estaduais.
O governador retornará a Cachoeira no dia 29 de junho para anunciar ações nas áreas de educação, segurança, infraestrutura, turismo e desenvolvimento rural.
Fogo simbólico
Os municípios do Recôncavo Baiano e da Região Metropolitana de Salvador, que também participaram das batalhas, receberão o fogo simbólico. A partir do dia 30 de junho, o fogo percorrerá 100 km em direção a Salvador, passando por Saubara, Santo Amaro, São Francisco do Conde, Candeias, Simões Filho, até chegar ao bairro de Pirajá, na capital baiana, para as comemorações da independência em 2 de julho.
Bahia pela Independência
Cachoeira, uma das vilas mais importantes do Brasil nos séculos XVII e XVIII, esteve entre as cidades que iniciaram as batalhas decisivas para a independência do Brasil de Portugal. Em 25 de junho de 1822, os cachoeiranos lideraram o movimento que deflagrou a guerra pela Independência da Bahia. Pelos feitos heroicos de seu povo, o imperador D. Pedro I, em 1837, elevou a antiga vila à categoria de cidade, denominando-a Heróica Cidade da Cachoeira.