Na terra onde os Aimorés dominavam, parece que algumas tradições ainda permanecem, mesmo as mais toscas.
Em toda história recente da política Valença, nunca tivemos uma oposição política bem definida aos gestores que aqui passaram. Sempre quando havia uma eleição, o candidato era eleito e todos os outros se calavam até chegar o próximo pleito. O prefeito poderia fazer tudo que bem entendesse, que não teria ninguém observando por um outro ponto de vista.
Mas parece que esse costume arcaico, ultrapassado e não digno de tempos atuais, acabou com a resistência de Duda Monteiro, que disputou as eleições de 2020 para prefeito e mesmo após a derrota nas urnas, permaneceu firme em suas colocações nas redes sociais e mostra a sua indignação com a atual gestão, o que acaba sendo a voz para muitos que gritam mas não são ouvidos.
Ricardo Moura apareceu recentemente denunciando as péssimas condições das estradas da zona rural, mas, demorou para se posicionar, mesmo após suas contas rejeitadas.
Jucelia se pronunciou apenas uma vez contra o governo Jairo Baptista. Na ocasião, defendendo um jovem e ex-apoiador de campanha que foi pedir patrocínio para um evento esportivo na prefeitura e o prefeito Jairo Baptista o respondeu com ironia e rejeitou ajuda-lo, somente pela posição política do mesmo. Nas palavras, Jucelia foi dura e precisa. Mas essas ações pontuais não faz um político ativo.
Valença, assim como o Brasil, vive um momento novo, em que precisamos de pessoas mais ativas na política, para ser voz, defender e denunciar os desmandos do executivo, já que boa parte dos vereadores não fazem a oposição que deveriam.