Três vereadores de Wenceslau Guimarães investigam um suposto desvio de materiais de construção, que seriam usados na obra de construção de uma escola municipal com 12 salas de aula, orçada em aproximadamente R$ 4 milhões de reais. As suspeitas dos edis se tornaram públicas no último domingo, (27), quando eles foram alertados por moradores do bairro onde a escola está sendo construída.
Um suposto flagrante chegou a ser feito, onde mostra um caminhão transportando parte dos materiais recolhidos da obra. Segundo o vereador Álvaro, ao se dirigirem ao local, o caminhão já estava na pista seguindo destino Itabuna.
Um vídeo que foi gravado pelos próprios vereadores mostra o que seria o caminhão carregado. “Seguimos o caminhão até depois da Polícia Rodoviária Federal, e infelizmente não conseguimos mais alcançar“, disse Álvaro no vídeo postado nas redes sociais. Ainda na ação do trio, um dos vereadores chega a dizer que existe uma quadrilha dentro de Wenceslau Guimarães.
O QUE DIZ O PREFEITO KAKÁ
Já na tarde da última terça-feira, (29), o Diário Paralelo entrou em contato com o prefeito Kaká para comentar sobre o caso. Segundo pontuou, as acusações feitas pelos vereadores estariam sendo equivocadas e desatualizadas.
“Essa obra é uma obra do Governo Federal que foi paralisada no ano passado por conta da pandemia. Com o início da pandemia teve um desequilíbrio de preço dos materiais de construção, e as licitações que foram realizadas na época (2019) estariam com os preços dos materiais muito abaixo da tabela de hoje (2021). Todas as empresas paralisaram todas as obras, e agora no início da nossa gestão foi à Brasília procurar o FNDE, financiador da obra, pra ver se haveria possibilidade de reajuste de aditivo de preço por causa do aumento das mercadorias“, esclareceu o prefeito.
Ainda em contato com o Diário, o gestor informou também que o FNDE teria autorizado a atualização do SINAPI, que é o Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil, que permitia orçar os materiais de construção na tabela de hoje, e não mais pela de 2019, quando a obra foi iniciada. “As empresas não demostraram interesse em dá continuidade ao trabalho e foi feito o destrato da prefeitura com à empresa no dia 30 de maio. O município paga por obra executada, a gente não paga material. A empresa construiu 12,49% da obra e o município pagou pelo percentual executado“, reforçou.
No destrato contratual, a empresa, dona de todo o material em estoque, optou por levar de volta os materiais que ainda não haviam sido usados, avisando com antecedência o município sobre à decisão. “O material não era do município, o material era deles (empresa)”, explicou Kaká.
Fonte: Diário Paralelo