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‘A denúncia é a arma que tenho para combater o racista’, diz zagueira do Bahia

A zagueira do Bahia, Suelen Santos, se pronunciou nas redes sociais após ser vítima de injúria racial durante o jogo contra o time feminino JC Futebol Clube, do Amazonas, na última segunda-feira (8). Em declaração à Polícia Civil, ela alegou ter sido chamada de ‘macaca’ pelo treinador da equipe adversária, Hugo Duarte, 44 anos.

O caso aconteceu após o fim da partida que garantiu o acesso do tricolor a primeira divisão do Brasileirão Feminino. O treinador foi autuado em flagrante por injúria racial e encaminhado para o Central de Flagrantes, no Complexo dos Barris. Ele passará por audiência de custódia nesta quarta-feira (10).

Durante a confusão, policiais foram acionados pela juíza da partida que relatou a confusão entre as jogadoras dos dois times. “Imediatamente, os policiais foram conter a confusão, no momento em que uma jogadora do Bahia chegou chorando e expondo que o técnico do time adversário tinha cometido crime de injúria racial contra ela”, diz a Polícia Civil em nota.

Confira abaixo a nota de Suelen:

A Constituição Brasileira delineia o direito de ser tratado como igual perante os demais membros da sociedade, sem discrição de etnia e raça. Entretanto, lamentavelmente, ontem, na partida que garantiu o tão esperado acesso para a elite do futebol brasileiro, fui submetida ao ato de racismo praticado pelo criminoso treinador do time adversário, pois utilizou de mecanismo de opressão para inferiorizar minha negritude.

A naturalização que se foi proferida mais de uma vez pela expressão racista “macaca” tenta silenciar a minha figura como mulher preta no esporte, porém o ato denúncia é a arma que tenho para combater o racista. 

Agradeço às minhas companheiras, família e ao @ecbahia por todo o suporte e acolhimento.

Via:agenciabrasil

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