Após a divulgação do Anuário Brasileiro de Segurança Pública nesta quinta-feira, 18 de julho, que indicou um aumento em todos os tipos de violência contra meninas e mulheres, o governo federal anunciou que busca implementar a campanha “Feminicídio Zero” em agosto.
Em 2023, foram registradas 1.467 vítimas de feminicídio no Brasil. Destas, 63,6% eram negras, 71,1% tinham entre 18 e 44 anos, e 64,3% foram mortas em casa. Em 63% dos casos, o assassino foi o parceiro, em 21,2% foi o ex-parceiro e em 8,7% foi um familiar.
O aumento das mortes de mulheres contrasta com a tendência nacional de redução das mortes violentas. Em 2023, o Brasil registrou 46.328 mortes violentas intencionais, uma diminuição de 3,4% em relação a 2022.
A pasta afirma que o governo Lula 3 “está comprometido em atuar pela vida e dignidade das mulheres” e listou políticas públicas criadas com este objetivo, como o programa Mulher Viver sem Violência e o Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios.
Tanto a divulgação dos dados e quanto a nota do ministério das Mulheres ocorrem um dia após o presidente Lula dizer que “se o cara é corinthiano, tudo bem”, ao tratar de pesquisa que aponta aumento da violência contra a mulher depois de jogos de futebol.