Um ex-funcionário da prefeitura de Presidente Tancredo Neves foi expulso da Universidade Federal do Recôncavo – UFRB, faltando apenas quatro meses para sua formatura. Jovelino Silva Barreto ingressou na Universidade como cotista negro e ‘pessoa de baixa renda’.
A fraude foi descoberta após denúncia feita pelo movimento estudantil. Na época da matrícula, além de não ser negro, Jovelino possuía carro próprio e fazia parte da equipe de Vigilância Sanitária da Prefeitura de Presidente Tancredo Neves, onde recebia um salário de R$ 2.200,00 por 40h semanais trabalhadas.
Jovelino Barreto iniciou o curso de em medicina em 2016, após ter se formado no Bacharelado Interdisciplinar em Saúde (BIS), que permite a realização de uma outra graduação. Na migração dos cursos, ele optou pela aprovação no sistema de cotas para negros (pretos ou pardos), cuja renda familiar bruta é igual ou inferior a 1,5 salário mínimo per capita.
“Caso ele não tivesse fraudado, a vaga seria minha. Desde então, entrei em depressão, não consegui voltar a estudar, passei necessidade. Hoje vivo atolada de dívidas, não tenho dinheiro para pagar advogada. Tinha até deixado de lado esse caso para não sofrer com isso, mas com a repercussão da expulsão dele, reascendeu a esperança de justiça”, contou a jovem que perdeu a vaga para Jovelino.
Fonte: Diário Paralelo