Os professores da rede estadual do ensino público em Gandu, emitiram na manhã desta sexta-feira, (23), uma nota informando que não vão retomar às aulas presenciais, como pede o Governador Rui Costa. O retorno às aulas já começam na próxima segunda-feira, (26), para alunos do ensino médio e dia 09 de agosto para alunos do ensino fundamental.
A proposta do governo é de que dos seis dias de aulas, três sejam feitas de modo remoto e outros três presencial, o que contraria muitos professores e pais de alunos.
De acordo com a nota emitida, a decisão de não retornar às salas de aula foi decidida em comum acordo entre os docentes em Gandu. Segundo os profissionais, a medida adotada pelo Governo do Estado é um ato sem planejamento e em um momento em que ainda há medo por sucessões de mortes envolvendo professores.
Pontuando a decisão como prematura, os professores alegaram também que os municípios não tem condições de disponibilizar transporte escolar aos alunos da zona rural e nem de outros municípios. “Ao retornamos ao sistema híbrido, a qualquer sinal de suspeita de infecção as aulas serão suspensas por 14 dias, o que acarreta em prejuízos nas atividades para os alunos“, diz um trecho da nota.
AMEAÇA DE CORTE NOS SALÁRIOS
Após Rui Oliveira afirmar na última quarta-feira (14) que a categoria não iria retornar às salas de aula neste mês de julho, o governador do estado, Rui Costa, informou, também no mesmo dia, que quem não retornar às salas, na modalidade semipresencial, terá corte salarial dos dias não trabalhados.
O governador reafirmou que as aulas semipresenciais serão retomadas em 26 de julho e acrescentou que os servidores que não cumprirem a carga horária definida será penalizado com a não remuneração, como qualquer trabalhador que falte ao posto de trabalho.
- “Se você faltar [o trabalho] dias seguidos e não justificar, você não receberá o salário e eventualmente poderá ser demitido. No caso do servidor público, ele precisa faltar 30 dias seguidos para eventualmente responder um processo administrativo por abandono de emprego e não ter mais o seu emprego”, disse o governador.
VEJA NOTA DOS PROFESSORES