Servidores federais que atuam na área de educação iniciarão, a partir de quarta-feira (3), uma greve nacional por tempo indeterminado. Segundo o Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), a paralisação contará com a adesão de mais de 230 unidades de ensino em pelo menos 18 unidades federativas.
O coordenador geral do Sinasefe, David Lobão, afirmou que a greve abrangerá professores e funcionários técnico-administrativos dos Institutos Federais, englobando mais de 600 campi, além do Colégio Pedro II, Instituto Nacional de Educação de Surdos, Instituto Benjamin Constant e outras escolas federais vinculadas ao Ministério da Defesa.
Entre as demandas dos servidores, estão uma recomposição salarial que varia de 22,71% a 34,32%, dependendo da categoria, reestruturação das carreiras da área técnico-administrativa e dos docentes, revogação de todas as normas que prejudicam a educação federal aprovadas nos governos Temer e Bolsonaro, bem como recomposição do orçamento e reajuste imediato dos auxílios e bolsas dos estudantes.
Governo
Contatado pela Agência Brasil, o Ministério da Gestão informou que, em 2023, viabilizou, a partir de negociação com as entidades representativas dos servidores federais, reajuste linear de 9% para todos os servidores, além do aumento de 43,6% no auxílio-alimentação.
“Esse foi o primeiro acordo para reajustes fechado entre o governo e servidores em oito anos”, destacou a pasta, ao acrescentar que, no segundo semestre de 2023, iniciou debate sobre reajuste para o ano de 2024.