O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou João Oliveira Antunes Neto, de 20 anos, a 11 anos e seis meses de prisão, em regime fechado, por participação nos atos golpistas cometidos no dia 8 de janeiro. O jovem, que se identifica nas redes sociais como barbeiro profissional e “cristão pregador do evangelho de Jesus Cristo”, está preso desde então em Brasília.
Com essa sentença, a Corte condenou até agora 116 executores dos ataques às sedes dos Três Poderes, quando o Congresso, STF e Palácio do Planalto foram invadidos e destruídos. Dos cinco crimes denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), João foi condenado por três.
Condenado
- Abolição violenta do Estado Democrático de Direito à pena de quatro anos;
- Golpe de Estado, à pena de cinco anos e seis meses;
- associação criminosa armada à pena de dois anos de reclusão.
Absolvido
- Dano qualificado;
- Deterioração do Patrimônio tombado.
O jovem, assim como os demais acusados, foi julgado de forma individual no plenário virtual do supremo. Ele foi condenado na segunda-feira (26).
O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, afirmou que os ataques configuraram o chamado crime de multidão, quando um grupo comete uma série de crimes, sendo que um influencia a conduta do outro, num efeito manada. Com isso, todos precisam responder pelo resultado dos crimes.